Colunista Rafael Aoki/AFI

 Campinas, SP, 13 (AFI) - A reeleição de Fábio Koff para a presidência do Clube dos 13 foi uma vitória para o futebol brasileiro. E mais, foi uma vitória principalmente para os times que disputarão o Brasileiro da Série B. Após ter seu mandato prorrogado por mais três anos, o ex-presidente do Grêmio traçou como principal meta a criação de uma Liga de Clubes para discutir os interesses das equipes das Séries A e B.

Isso significa que o Clube dos 13 deve passar a contar com 40 filiados e deve conquistar mais autonomia para discutir os direitos de transmissão de TV e a organização das duas competições. É a grande oportunidade que os clubes terão de basear-se no modelo europeu e diminuir a participação da CBF, que hoje manda e desmanda.

Ricardo Teixeira apoiava (apesar de nunca ter admitido) a chapa de Kléber Leite. Tendo um aliado no Clube dos 13, o mandatário da entidade máxima do futebol poderia aumentar sua influência por trás das cortinas, mas com um discurso o oficial de que as Séries A e B estariam nas mãos dos clubes.

Sem a do candidato da CBF, os clubes da Série B têm uma esperança de diminuir o abismo absurdo para os 20 clubes que disputam a elite. Segundo dados indicados pelo próprio Koff, hoje, a Globo paga pela Série B apenas 6% do que gasta com a Série A. São R$ 500 milhões contra apenas R$ 30 milhões.

Nem mesmo o fato de contar com clubes tradicionais como América-MG, Bahia, Coritiba, Náutico, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Sport e Vila Nova mudaram ou mudariam este cenário. Agora, Koff, promete lutar para diminuir essa diferença . Nem que seja necessário a troca de "parceira" da Globo para a Record. A possibilidade não foi descartada.

Quem sabe com essa mudança, os clubes da Série B possam ser recompensados pelo "golpe" que a dona CBF aplicou em 2009. A entidade simplesmente excluiu a Futebol Brasil Associados (FBA), que cuidava dos interesses dos times da B, e o que sobraram foram migalhas. E isso porque o presidente da FBA, José Neves (foto), tinha planos para aumentar a arrecadação dos clubes. Vai entender!

Enquanto isso...

Apesar da derrota no Clube dos 13, Ricardo Teixeira (foto) segue sorrindo à toa. A Seleção Brasileira atingiu a maior arrecadação de sua história. A CBF fechou com mais uma empresa: A Seara vai pagar R$ 10,5 milhões por ano, aumentando para R$ 220 milhões a arrecadação anual da Amarelinha. Está valendo até patrocínio na cueca!

FPF sem crédito


Apesar do interior de São Paulo mostrar sua força no Paulistão, a Federação Paulista, de Marco Polo Del Nero, não tem mérito algum nas presenças de Santo André e Grêmio Prudente nas semifinais. Isso é fruto de um ótimo trabalho realizado por pessoas sérias nos dois clubes. Se dependesse de apoio da FPF...



Série A2 bombando

O primero turno da segunda fase da Série A2 encerrou-se no último domingo, e Linense, São Bernardo, Guaratinguetá e Noroeste aparecem com vantagem. A reta final da competição, porém, promete ser emocionante. Principalmente porque Pão de Açúcar, União Barbarense, São José e União São João não jogaram a toalha.

Tudo definido

A Série A3 definiu os oito classificados à segunda fase. Quem parece ter se dado bem foi o Red Bull. Com estrutura de causar inveja em clube grande, o Tourão caiu no grupo teoricamente mais fraco, com Palmeiras-B, Penapolense e Juventus. Na outra chave, contudo, estão quatro clubes tradicionais e de torcida: Comercial, Ferroviária, XV de Jaú e XV de Piracicaba. Vai pegar fogo!

Rafael Aoki/Colunista Futebol Interior