Líder e com salários atrasados, time de Fábio Simplício entra em greve
Batatais, que disputa a Série A2 e tem outros atletas conhecidos como Júlio Santos, André Cunha e Flávio, ameaça não enfrentar o Guarani na próxima rodada
Se dentro de campo o Batatais, líder invicto da Série A2, parece imbatível, fora dele os problemas são graves. Com dois meses "e meio" de salários atrasados, os jogadores, incluindo os ex-São Paulo Fábio Simplício e Júlio Santos e os ex-palmeirenses André Cunha e Flávio, se recusaram a participar do treino marcado para esta quinta-feira, um dia após a goleada sobre o Juventus por 5 a 0, pela 6ª rodada do Campeonato Paulista.
A informação, passada pelo técnico Thiago Oliveira, é de que a paralisação seguirá por tempo indeterminado. Antes de os valores serem debitados nas contas dos atletas, os treinamentos não deverão ocorrer. Segundo o treinador, existe, inclusive, a chance do elenco não viajar a Campinas para enfrentar o Guarani, domingo.
- Todos os jogadores estão com salários atrasados. São quase dois meses e meio de salários atrasados. Eles fizeram essa opção de não treinar - explicou o treinador, que culpou uma ex-parceira do clube, que teria feito promessas e abandonado o clube.
Na foto, André Cunha, Flávio e Fábio Simplício no dia da apresentação (Foto: Carlos Justino/Batatais FC)
De acordo com o presidente Luiz Antônio de Oliveira, um grupo de Barueri se apresentou como parceiro, oferecendo a opção de bancar boa parte dos custos do futebol. Porém, o negócio foi abandonado antes mesmo do início da competição. Para evitar mais prejuízos, como derrotas e até mesmo o não comparecimento dos jogadores nas próximas partidas, Luiz Antônio de Oliveira tem buscado recursos na cidade, juntamente com o presidente do Conselho Deliberativo, André Cabrini, para solucionar o caso o quanto antes.
- Amanhã devemos efetuar uma parte do pagamento. Ele está fazendo um pedido na cidade. No período da manhã, esperamos quitar parte ou tudo do pagamento. Os jogadores trabalharam e têm direito a receber - declarou o presidente, que lamenta a situação.
Prometendo empenho na busca por recursos, o presidente do Fantasma tenta convencer os atletas de que a greve será prejudicial a todos, inclusive para os próprios jogadores.
- Eles têm todo direito de fazer greve, mas acho eu que não adianta a greve, pois os prejudicados serão eles mesmos. Estamos correndo atrás - disse.
À frente da equipe desde a montagem do elenco, o técnico Thiago Oliveira, também sem receber, espera que o caso seja solucionado o quanto antes para que o time não sofra reflexos dentro de campo.
- Estamos dando andamento juntamente com o presidente do Conselho. Amanhã devemos efetuar uma parte do pagamento. Ele está fazendo um pedido na cidade. Amanhã, no período da manhã, faremos parte ou tudo do pagamento. Os jogadores trabalharam e têm direito a receber. Eles têm todo direito de fazer greve, mas acho eu que não adianta a greve, pois os prejudicados serão eles mesmos. Estamos correndo atrás. O Batatais não consegue acertar uma parceria.
Segundo o presidente Luiz Antônio de Oliveira, a folha salarial do Batatais, entre comissão técnica e jogadores, gira em torno de R$ 150 mil mensais.
Batatais lidera a Série A2 com quatro vitórias e dois empates (Foto: Alexandre Sá/EPTV)
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